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segunda-feira

SOLENIDADE DA NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA

(CRÉDITOS)


        24 DE JUNHO



“Eu te farei luz das nações”

 Leituras: Isaías 49, 1-6; Salmo 138 (139); 
Atos dos Apóstolos 13, 22-26; 
Lucas 1, 57-66.80.

 COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

Nesta Eucaristia, lembramos o nascimento de João Batista. Festejar hoje o seu nascimento significa aceitar a luz que ele revela – Cristo – e proclamar com a palavra e a vida que a salvação já chegou para todos. Vamos pedir a Deus, por intercessão de São João que possa abençoar toda nossa Igreja que vê nele o grande anunciador de Jesus Cristo.

1. Situando-nos brevemente

São João Batista é importante para os cristãos. Santo muito querido e estimado pelo povo brasileiro. Nas regiões do norte e nordeste, existem as festas tradicionais de São João, celebradas com alegria, muita comida e bebida, danças e trajes típicos, à luz da tradicional fogueira de São João. Estas festas ocupam lugar de destaque no calendário popular.

A Igreja, já no século VI, reservou o dia 24 de junho para comemorar o nascimento de São João Batista. Santo Agostinho escreve: “A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo: tal fato tem, sem dúvida, uma explicação… João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o Antigo e o Novo. O próprio Senhor diz: ‘A Lei e os profetas até João Batista’ (Lc 16,16)… Antes mesmo de nascer, já é designado; revela-se de quem seria o precursor, antes de ser visto por ele” (Ofício das Leituras, in Liturgia das Horas).

Jesus o declara o maior de todos os profetas. Homem simples, austero, corajoso, apontou o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (cf. Jo, 1,29-36). Deu testemunho da luz, aplainou os caminhos e preparou o povo para acolher o Salvador. Antes que Jesus chegasse, pregou um batismo de conversão.

A celebração do seu nascimento nos associa à alegria de Isabel, de Zacarias e dos vizinhos, porque Deus se lembra de nós, indica os caminhos da salvação e aponta os horizontes da liberdade.

A Palavra anunciada nos conduz para dentro da verdadeira Luz de todos os povos, o Salvador, do qual nem merecemos desamarrar as sandálias. Celebramos, acima de tudo, o mistério daquele que se fez o menor no reino de Deus, e, por isso, é o maior: Jesus.

2. Recordando a Palavra

O Evangelho conta o nascimento de João de maneira maravilhosa, pois a sua missão é nobre e veio para anunciar a vida nova e melhor para o povo. Por meio da pregação e do batismo, preparou o povo para acolher a mensagem da libertação. Como precursor de Jesus Cristo, preparou os caminhos e conduziu as pessoas ao conhecimento e à experiência da misericórdia e da salvação (cf. Lc 1,77-78). Com sua atividade, indicou o Cordeiro já presente no meio do povo (cf. Jo 1,29-34).

Todo nascimento é considerado milagre da ação de Deus, o Senhor da vida. E, no caso de João, é também sinal da intervenção de Deus em favor do povo e pobre e escravizado. O seu nascimento é celebrado como a realização da promessa anunciada pelo mensageiro de Deus a Zacarias (cf. Lc 1,13). Deus socorre o povo e transforma a humilhação da esterilidade em vida.

Isabel, como tantas outras mulheres da época, acreditava que sua esterilidade era sinal do desfavor divino. Semelhante a Sara, mulher de Abraão, ela gerou um filho, apesar da idade avançada e da esterilidade, e recuperou, assim, a esperança do povo. O nascimento de João é motivo de alegria e de festa, porque Deus ouve as súplicas e socorre as pessoas pobres e aflitas. “Os vizinhos e parentes ouviram quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e se alegravam com ela” (Lc 1,58).

Os vizinhos e parentes participam da salvação e se alegram com Isabel pela manifestação da bondade do Senhor. O anjo predissera que muitos se alegrariam por ocasião do seu nascimento (Lc 1,14). O menino “será grande diante do Senhor”. A mãe diz que o menino se chamará João. O Deus, que conduz a história, age e ilumina também na hora da escolha do nome. João é um nome significativo, carregado de promessas: o Senhor é favorável, tem compaixão, é misericórdia.

O nascimento de João é uma manifestação da bondade e misericórdia de Deus para os oprimidos. Zacarias, repreendido pela mudez, é símbolo da situação do seu povo. Recupera a palavra, mostrando que os fatos se realizam segundo a Palavra de Deus. A Palavra do Senhor liberta, abre a boca, solta a língua para que as pessoas possam louvar e profetizar.

Zacarias bendiz o Deus misericordioso e compassivo, que se preocupa com a vida do povo. O Espírito de Deus ilumina, ajuda a descobrir os sinais da salvação nos acontecimentos. Deus renova as promessas, a aliança feita com Abraão. Agora, Ele faz nascer um menino que será chamado profeta do Altíssimo e andará à frente do Senhor, para preparar o caminho e anunciar a salvação ao povo (cf. Lc 1,68-79).

Estes versículos, que formam o cântico do Benedictus, expressam o louvor, ação de graças pela salvação de Deus, realizada ao longo da história. Embora não seja lido no Evangelho de hoje, o cântico de Zacarias ajuda a entender o significado profundo do nascimento do precursor de Jesus.

Tudo isso mostra que João é sinal do favor divino: “A criança crescia e seu espírito se fortalecia” (Lc 1,80). Podemos comparar este versículo, sobretudo, com 1Sm 3,19. João vai crescendo, passando da infância para a juventude e, aproximadamente 30 anos mais tarde, assume seu lugar no deserto e o seu aparecimento na historia como precursor de Jesus (cf. Lc 3,1-3).

A primeira leitura pertence à segunda parte do livro de Isaías (cap. 40 a 55), denominada também Segundo Isaías. O texto de hoje, que forma o segundo cântico do Servo Sofredor, destaca especialmente a missão do Servo. A sua vocação lembra a do profeta Jeremias. “Desde o seio materno, o Senhor me chamou, desde o ventre de minha mãe, já sabia meu nome” (49, 1; cf. Jr 1,5).

Deus o chamou para realizar seu plano de salvação. A Palavra de Deus torna a língua do Servo como “espada afiada” (49,2), para que possa “construir e plantar” (Jr 1,10), e anunciar a libertação. A Palavra, que não volta sem cumprir com sucesso sua missão (cf. 55,11), ilumina e sustenta a caminhada.

O Servo ensina a colocar a vida nas mãos de Deus, a confiar unicamente nele para obter êxito na missão. Deus defende seus escolhidos, auxiliando-os em todos os momentos. O Senhor forma as pessoas desde o ventre materno, a fim de que possam ser “luz para as nações” (49,6).

O Servo, mediante palavras e testemunho de vida, devolve a esperança aos cativos e aos oprimidos, dizendo: “Vinde para a luz!” (49,9). AS nações solidárias e servidoras da justiça contribuem para que os olhos dos cegos sejam abertos (cf. 42,7). Assim, a salvação de Deus chega até os confins da terra, e todos “terão o que comer, em qualquer chão seco poderão se alimentar” (49,9).

O Salmo responsável é composto por versículos tirados do Sl 138(139). É uma reflexão sapiencial sobre a esperança e o conhecimento de Deus. O salmista louva e agradece ao Senhor por sua infinita misericórdia, por criar o ser humano e cuidar dele com ternura desde o ventre materno.

A leitura dos Atos dos Apóstolos destaca o anúncio que Paulo fez de Jesus Cristo em Antioquia da Pisídia, hoje a Turquia. O texto recorda momentos importantes da história da salvação, que culminaram com a vinda de Jesus Cristo. O Salvador do povo, Jesus, é descendente de Davi. Sua chegada, seu ministério foi preparado por João Batista.

Ele preparou o caminho de Jesus, “proclamando um batismo de conversão” (13,24). Todas as pessoas são chamadas a mudar de atitudes, a agir conforme o projeto de Deus. A atividade e o testemunho de João têm muita importância, pois ele anunciar aquele que vem para salvar toda a humanidade. A mensagem da salvação é anunciada a todos os que temem a Deus (13,26). Trata-se da Boa Nova de Jesus Cristo: sua vida doada por amor até a morte e ressurreição.

3. Atualizando a Palavra

As leituras bíblicas apresentam a vida e a missão de João Batista à luz dos grandes profetas antigos e de Jesus Cristo, o Messias esperado. Como diz santo Agostinho, João representa a passagem do Primeiro para o Segundo Testamento. Ele recebe a missão de profeta, assume a vida de asceta, e é chamado de batista. Pelo batismo, nós também recebemos a missão de profetizar e de denunciar, como João, a injustiça, a mentira e a opressão.

Celebrar o nascimento de João é experimentar, como Isabel, Zacarias e os vizinhos, a manifestação da bondade de Deus, que transforma e fecunda a vida. E fazer a experiência da fé e da esperança no Deus misericordioso e compassivo, que ouve nosso clamor e nos socorre em meio aos sofrimentos e às aflições, é sentir que Deus continua soltando nossa língua para que tenhamos a coragem de vencer o medo e proclamar a justiça e a libertação.

Como João Batista, possamos ser sinais proféticos de esperança, para anunciar o caminho da salvação e testemunhar Jesus Cristo, a luz que ilumina e liberta todos os povos.

O jeito despojado de João Batista viver, entregue ao serviço de Deus, na gratuidade, é testemunho de vida, apelo à conversão. Jesus o elogia, dizendo que “entre os nascidos de mulher, não há ninguém maior do que João. No entanto, o menor no Reino de Deus é o maior do que ele” (7,28). Como mostra também o Servo, na primeira leitura de hoje, João é modelo de vida por causa de sua entrega total ao Reino.

Que o Senhor nos dê a graça de viver conforme sua Palavra e testemunhar a Boa Notícia do Reino, o “Sol nascente que vem nos visitar” (1,78). Precisamos de testemunhos proféticos, como João Batista, capazes de denunciar a corrupção, as injustiças e de conduzir o povo para Deus para criar um mundo melhor, mais justo e mais fraterno.

4. Ligando a Palavra e a Eucaristia

A celebração litúrgica é obra da Trindade Santa. Hoje, celebramos a obra de Deus realizada na vida de João Batista. Ele foi enviado por Deus para preparar os caminhos do Senhor. Como profeta do Altíssimo, não teve medo de anunciar com a vida e a palavra.

Proclamamos as maravilhas realizadas em São João Batista, precursor de Jesus Cristo, Senhor nosso. Consagrado como o maior entre os nascidos de mulher, João, ainda no seio materno, exultou com a chegada do Salvador da humanidade. Ele foi o único dos profetas que mostrou o Cordeiro redentor. Batizou o próprio autor do batismo, nas águas assim santificadas de Cristo (Missal Romano, Prefácio próprio da Solenidade).

O salvador anunciado por João Batista está nomeio de nós – na pessoa do que preside, na comunidade reunida, na Palavra proclamada no pão e no vinho, partilhados.

Fortalecidos com essa presença, possamos ser anunciadores da Boa Nova da Salvação e precursores de um mundo novo, fraterno, digno e harmonioso

CRÉDITOS:  D. Vilson Dias de Oliveria, DC – Bispo da Diocese de Limeira



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