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quinta-feira

VIDA PASTORAL - ROTEIROS HOMILÉTICOS - PAULUS - 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C - POR CELSO LORASCHI

Roteiros homiléticos

12 de junho – 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Por Celso Loraschi
 
O PERDÃO DOS PECADOS: VIDA NOVA
I. INTRODUÇÃO GERAL
Os textos deste domingo tratam do tema do perdão dos pecados. A compreensão a respeito desse assunto vai se aperfeiçoando ao longo da tradição judaico-cristã. Deus se revela como misericórdia. Ele perdoa ao pecador arrependido por maior que possa ser o pecado por este cometido. O reconhecimento da transgressão à lei divina e o arrependimento sincero demonstram a determinação de deixar-se conduzir pela vontade de Deus, manifestada nas palavras do profeta. É o que podemos constatar na atitude do rei Davi perante a denúncia do profeta Natã (I leitura). Jesus exerce o poder de perdoar pecados, mesmo contestado pelos adversários. Ele é o rosto misericordioso de Deus presente no meio da humanidade pecadora. O perdão de Jesus revela que sua prioridade é a pessoa humana, chamada a ser livre e íntegra (Evangelho). O perdão é a manifestação da justiça de Deus baseada não nos méritos humanos, mas na grandeza de seu amor. Todos somos pecadores e necessitados da intervenção divina para nos salvar. Jesus Cristo, pela sua morte, redimiu-nos dos pecados e nos resgatou para a vida. Pela fé acolhemos essa graça e nos deixamos moldar por Jesus Cristo (II leitura). O perdão que Deus nos concede gratuitamente nos torna capazes de amar como ele nos ama, superando todo egoísmo e construindo relações justas e fraternas.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (2Sm 12,7-10.13): Deus perdoa ao pecador arrependido
Davi foi ungido para governar o povo de Israel. Deus o abençoou e o defendeu das armadilhas dos inimigos. Como escolhido de Iahweh, deveria agir exemplarmente e seguir os mandamentos. No ápice de seu poder, porém, Davi esquece-se de servir a Deus e abnegar-se em favor do povo. Enquanto seus soldados estão em batalha, Davi permanece tranquilamente em seu palácio, usufruindo de uma vida mansa e descomprometida. Deixa-se conduzir pela luxúria e comete a primeira violação grave: adultério com Betsabeia, a mulher de Urias, general de seu exército. Ao constatar que ela engravidara, o rei deixa-se conduzir pelo orgulho e comete a segunda violação grave: assassinato. Manda que posicionem Urias no lugar mais perigoso numa guerra contra os amonitas, a fim de que fosse ferido e morresse. O desrespeito a esses dois mandamentos da Lei de Deus lhe valeria a morte (cf. Lv 20,10 e 24,17).
Davi parece não dar-se conta da gravidade de seus pecados. O poder obscureceu a sua consciência. Deus, porém, que perscruta os corações, envia o profeta Natã, que, ao apresentar-se ao rei, lhe conta uma história de dois homens: um rico que retira de um pobre o único bem que este possuía (cf. 2Sm 12,1-4). Davi, na sua pretensão de justo, mostra-se indignado contra tal explorador. Natã, então, aponta o culpado: “Esse homem és tu!” Lembra-lhe toda a trajetória da sua vida e como Deus lhe manifestou o seu amor. Os pecados de Davi não consistiram numa traição somente a Urias, mas a todo o povo de Israel e ao próprio Deus.
A intervenção do profeta Natã acorda a consciência adormecida de Davi, que reconhece seu pecado e se arrepende com sinceridade. Deus lhe perdoa e o livra da morte. Porém não o livra das consequências provenientes de suas faltas. A responsabilidade dos atos deve ser assumida. O perdão, de todo modo, proporciona a nova oportunidade de entrar na dinâmica do amor de Deus. Davi pode voltar a governar com justiça, respeitando a Lei de Deus e o direito de todas as pessoas à vida digna. O perdão reconduz a pessoa arrependida ao caminho da vontade divina.
2. Evangelho (Lc 7,36-8,3): Jesus, o rosto misericordioso de Deus
O Evangelho de Lucas aprofunda, de maneira especial, o tema da misericórdia. É o caminho que proporciona a inclusão de todas as pessoas na proposta de amor e salvação revelada em Jesus. A casa de Simão, o fariseu, serve de cenário para a mensagem a ser assimilada e jamais esquecida pelas comunidades cristãs. O fariseu convida Jesus para comer com ele, em sua casa. Casa e comida são dois elementos que apontam para o projeto de “comunhão de mesa”. As comunidades primitivas reuniam-se nas casas para atualizar a memória de Jesus, a oração, a partilha da comida e a ceia.
Sentar-se à mesma mesa representava a determinação de relacionar-se na igualdade e na fraternidade, sem discriminação de raça, sexo ou classe social, expressando as mesmas convicções religiosas. Esse projeto, porém, não foi tão tranquilo. A dificuldade maior se deu na relação entre cristãos de origem judaica e cristãos gentios. Além disso, na época da redação do Evangelho de Lucas, percebe-se forte tendência de discriminar as mulheres, abafando o seu protagonismo na animação das comunidades cristãs.
O fato de Jesus aceitar o convite do fariseu demonstra que o mestre não faz acepção de pessoas. Sente-se livre em qualquer ambiente. É portador do amor de Deus que se estende a todos, sem discriminação. Na mesa há outros convivas. Entre eles dificilmente estariam também mulheres. Decerto seriam os amigos de Simão, pertencentes ao mesmo partido farisaico. Estariam, quem sabe, também os apóstolos?
A narrativa apresenta uma mulher que aparece de repente e se coloca aos pés de Jesus. Ela é da cidade, sem nome e conhecida como pecadora. Trouxe um frasco de perfume precioso e, entre lágrimas, unge os pés de Jesus, beija-os e enxuga-os com os cabelos. Os detalhes da ação da mulher revelam profundo sentimento de amor e gratidão. Simão, diante do que está vendo, não ousa criticar abertamente a atitude de Jesus, mas, em seu coração, põe em dúvida a sua qualidade de profeta, pois está acolhendo uma pecadora.
A parábola que Jesus conta tem por finalidade desmascarar a atitude de superioridade e arrogância da parte dos que se consideravam justos diante de Deus. Tem endereço certo. A concepção farisaica de justiça divina relacionava-se com o cumprimento das leis. O perdão dos pecados e a salvação estariam condicionados pela observância legalista. Essa segurança que o sistema religioso lhe dava impedia o fariseu de entender e acolher a gratuidade do perdão e da salvação. Somente quem deve muito, isto é, quem tem consciência profunda de seus pecados conseguirá fazer a experiência do amor sem limites de Deus.
A mulher pecadora irrompe, sem pedir permissão, naquele ambiente fechado e excludente. Sua atitude faz abrir os olhos para enxergar a presença de Jesus, o Filho de Deus, que vem trazer o perdão e a paz sem atrelamento ao sistema legalista do Templo. Na pessoa e na proposta de Jesus, a mulher se sente contemplada. É acolhida como sua discípula; pode comungar da mesma mesa da Palavra e do Pão; pode fazer parte da mesma Igreja, o Corpo de Jesus.
Não é difícil perceber que a narrativa tem uma função de denúncia da exclusão de mulheres que, com muita probabilidade, está em processo na época da redação do Evangelho, pelo final do primeiro século. O texto exerce também a função de atualização da proposta de Jesus, que inclui no seu seguimento tanto os homens – os Doze – como as mulheres: Maria Madalena, Joana, Susana e várias outras. Diz delas o que não diz dos Doze: serviam a Jesus com seus bens (cf. 8,1-3).
3. II leitura (Gl 2,16.19-21): A vida nova em Cristo
Paulo, com base em sua experiência pessoal, procura anunciar uma de suas descobertas mais profundas: a salvação não provém da observância da Lei, mas do amor gratuito de Deus. Ele sabe o que diz: foi fariseu praticante e, agora, após ser encontrado por Jesus, percebe as coisas de forma totalmente diferente. A cruz de Jesus, para Paulo, é a chave por excelência que permite abrir a mente e o coração para a verdadeira compreensão do desígnio divino. Está plenamente convencido de que as obras humanas, a circuncisão e o cumprimento das leis não garantem a salvação. Se assim fosse, Jesus Cristo teria morrido inutilmente. Se ainda depositamos nossa confiança no poder dos ritos e normas como condicionantes de salvação, então não precisamos de Jesus Cristo.
Mas não! Jesus veio e nos amou de tal maneira que entregou sua vida por nós. Portanto, na cruz de Jesus, encontra-se o segredo da justificação. Somos todos pecadores! Na cruz de Jesus podemos morrer também nós para tudo o que impede o acolhimento da gratuidade do amor de Deus. Nessa entrega confiante pela fé reside a verdadeira justiça que nos faz viver como novas criaturas. A vida iluminada pela fé no Filho de Deus, que morreu por nós, torna-nos verdadeiramente livres.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
O tempo em que vivemos prima pela superficialidade das relações entre nós e com Deus. Paramos e meditamos muito pouco. Damos pouca atenção à Palavra de Deus. Rezamos apressadamente. Priorizamos celebrações triunfalistas. Vivemos dispersos e não encontramos o essencial.
São Paulo descobriu que somente Deus nos realiza profundamente. Somente sua graça nos transforma. Ela nos foi dada plenamente na morte de Jesus. A cruz tornou-se a chave para entendermos o amor infinito de Deus. Nele podemos apostar com toda a confiança, entregando-lhe a nossa vida inteira. Jesus é nosso mestre. A seus pés nos lançamos com tudo o que somos e temos, como fez a mulher pecadora na casa do fariseu. Como seus discípulos missionários, assumimos sua cruz como caminho de vida nova.
A misericórdia divina, se permitirmos, pode penetrar o mais profundo do nosso ser e nos transformar em criaturas novas. Se, no passado, cometemos muitas e graves faltas, podemos, no presente, acolher o perdão de Deus e entrar numa nova dinâmica de vida. O rei Davi é um exemplo nesse sentido. Necessitamos radicalmente do perdão que nos liberta e nos devolve a integridade. Uma pessoa reconciliada com Deus sente-se inteira e feliz. Sente-se fortalecida para irradiar esse amor, exercitando o perdão sincero e profundo a partir de si mesma e de sua casa.
► Pode-se incentivar os gestos de perdão e reconciliação na vida do casal, entre pais e filhos, vizinhos, Igrejas, religiões, povos. Pode-se também valorizar o sacramento da penitência e da reconciliação e oferecer momentos celebrativos especiais para a sua administração.

Celso Loraschi

Mestre em Teologia Dogmática com Concentração em Estudos Bíblicos, professor de evangelhos sinóticos e Atos dos Apóstolos no Instituto Teológico de Santa Catarina (ITESC).
E-mail: loraschi@itesc.org.br
FONTE:

PAULUS EDITORA - 
http://www.vidapastoral.com.br/roteiros/12-de-junho-11o-domingo-do-tempo-comum/

A ESPIRITUALIDADE QUE BROTA DA MISERICÓRDIA DO CORAÇÃO DE JESUS - IR. JOÃO ANTÔNIO JOHAS LEÃO

 FORMAÇÃO


Sagrado Coração de Jesus: "Amei-te com amor eterno; por isso atrai-te a mim cheio de misericórdia...” (Jr 31, 3). Essa passagem de Jeremias nos permite ver o núcleo da relação de Deus com suas criaturas. Deus nos ama e esse amor se expressa em sua misericórdia infinita por cada um de nós. Nas palavras do Papa Francisco: “Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado”. E esse caminho fica particularmente evidente quando contemplamos o Sagrado Coração de Jesus.

No documento chamado Haurietis Aquas, sobre o culto do Sagrado Coração de Jesus, podemos ler que “ao mostrar o Senhor o seu coração sacratíssimo de modo extraordinário e singular quis atrair a consideração dos homens para a contemplação e a veneração do amor misericordioso de Deus para com o gênero humano”. No Coração de Jesus podemos ver essa chama ardente de amor misericordioso que consome a cruz e os espinhos dos nossos pecados, para nos lembrar que a força do Amor de Deus é infinitamente maior que as nossas falhas. 

"No Coração de Jesus podemos ver essa chama ardente de amor misericordioso que consome a cruz e os espinhos dos nossos pecados". 
Chama a atenção que tanto a passagem bíblica como o documento da Igreja falem de atração. “Atrai-te a mim” e “quis atrair a consideração”. Penso ser uma palavra que expressa bem o desejo mais íntimo de Deus de que lhe entreguemos os nossos corações. Essa palavra manifesta a incansável busca de Deus por nós, mas também deixa claro que Ele nunca atropela a nossa liberdade, ele atrai, ele não nos toma. É sempre uma decisão nossa deixar-nos atrair por Ele ou não. É fácil lembrar aqui aquela passagem do Apocalipse que diz: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3, 20). Ele nunca vai arrombar essa porta. Mas da mesma maneira que nunca vai deixar de bater, também não se cansa em mostrar-se rico em misericórdia, esperando que um dia lhe concedamos nossos corações, ou que lhe abramos a porta. 

Quando celebramos o Sagrado Coração de Jesus, devoção que infunde inumeráveis riquezas celestiais nas almas dos fiéis, estamos celebrando o culto à Pessoa do Verbo Encarnado, a segunda da Santíssima Trindade. E como nos diz o Papa Francisco, Jesus Cristo é o rosto da Misericórdia do Pai. Em Cristo podemos ver o tamanho da misericórdia de Deus. Enquanto caminhou pela Terra, passou fazendo o bem, irradiando desde seu Sagrado Coração, a Divina Misericórdia. Com esse olhar atraiu os homens de ontem e quer continuar atraindo os de hoje. Quanto mais crescermos nessa devoção, mais nos deixaremos atrair pelo amor de Deus. 

Junto a devoção do Sagrado Coração, e também com a intenção de render-lhe um culto mais digno, é importante unir a devoção ao Imaculado Coração de Maria, não apenas celebrando-os em dias sucessivos (Como sabiamente o escolheu fazer a Igreja), mas unindo-os em nossas vidas. O Coração de Maria é quem melhor nos leva ao Coração de Jesus. Quanto mais nos aproximamos da Mãe de Cristo, mais ela vai nos ensinando a assemelhar o nosso coração com o de seu Filho. 

Que nessa Solenidade do Sagrado Coração deixemo-nos atrair um pouco mais pela misericórdia infinita que jorra desse coração. Não lhe fechemos as portas, pelo contrário, façamos um esforço por abri-las de par em par, para que recebamos com sinceridade tudo aquilo que Deus quer nos dar. 

FONTE: 


LEÃO, Ir. João Antonio Johas , REVISTA APARECIDA - Formação. SP, SP: Santuário Nacional de Aparecida,  06/2016

Leigo Consagrado do Sodalício da Vida Cristã, Estudante de Filosofia em vistas ao sacerdócio



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